«A Caverna de Deus é o paraíso das pessoas maníacas», esclarece o autor. Romance poderoso sobre as relações humanas na sua vertente mais nua, uma nudez a que a arte obriga.
PRÉMIO LITERÁRIO CIDADE DE ALMADA 2016
Um conjunto de personagens move-se em torno do mundo da arte em que as pulsões mais íntimas e primárias do ser humano, resultantes dos traumas que o enformaram, vêm ao de cima quando a representação artística exige a Verdade. Uma obra que despoja os seus protagonistas dos artifícios sociais para os reduzir à imagem que (talvez) não quisessem ter de si mesmos.
«A Caverna de Deus é um romance de enorme sensibilidade, a narrativa encantada de um fascínio que começa num singelo encontro num comboio e nos transporta, através da arte e da literatura, para o âmago das relações humanas. O fascínio do narrador por Constança é o mesmo de Michelangelo pelo corpo humano, ou de Sylvia Plath por Ted Hughes; e as personagens – Harry e o seu estúdio, Luciano, Vicente, Cecília – são pontuadas pela expressão de afectos, desamores e a morte (representada pela doença da mãe do protagonista), num livro que se lê como uma pauta musical, de extraordinária elegância formal e profundidade nas reflexões.» João Tordo no discurso de atribuição do Prémio Literário Cidade de Almada 2016.
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Obra vencedora do Prémio Literário Cidade de Almada 2016, que, no passado, foi ganho, entre outros, por José Jorge Letria, Orlando Neves, José Mário Silva, António Manuel Venda, Wanda Ramos, Ana Saldanha ou Daniel Gonçalves.
A obra literária de Fernando Esteves Pinto foi distinguida por um júri constituído por João Tordo, em representação da Câmara Municipal de Almada, José Correia Tavares, em representação da Associação Portuguesa de Escritores, e Liberto Cruz, em representação da Associação Portuguesa dos Críticos Literários.
Em 2016, estiveram a concurso 61 obras literárias originais.