Duas conferências fundamentais para o pensamento filosófico e sociológico moderno publicados pela primeira vez de forma integral em língua portuguesa.
Os dois célebres textos de Max Weber (1864-1920) aqui propostos são circunstanciais, mas ganharam o estatuto de «clássicos» e vale sempre a pena revisitá-los.
A Política como Vocação é a famosa conferência pronunciada no Inverno de 1917 diante de estudantes, onde se desenha, de modo muito conciso, o aparecimento e o perfil do «político profissional», mas enquadrado numa reflexão filosófico-política de grande fôlego que, entre outras coisas, aborda o magno problema da relação entre a ética e a política.
O escrito A Ciência como Vocação resulta de uma comunicação feita para estudantes alemães em 1919 e deixa aparecer em vislumbres rápidos a visão, até certo ponto trágica, que Max Weber tem da cultura, palco de uma «luta de deuses», ou seja, de mundividências antagónicas, entre si incompatíveis e sem fundamento disponível de justificação, em contraste com as quais se alça a ciência, com o seu intuito modesto de conhecimento (possível) das diversas realidades.