Pela primeira vez, num único volume, toda a fcção curta de Marcel Proust.
Proust deixou uma produção marcada pela sua extensa obra «Em Busca doi Tempo Perdido» mas Proust não é só a sua imensa obra ficcional, contos espalhados por diversas colecções de textos diversos («Os Prazeres e os dias» ou ainda «Pastiches et mélanges»), contos e histórias de juventude e ainda os famosos contos perdidos como «O Indiferente» que se julgaram perdidos durante boa parte do século XX.
«O Indiferente» é mesmo um dos melhores exemplos da importância da ficção curta de Proust: enviado para uma revista literária que abre falência antes da publicação do conto, foi considerado perdido pelo autor e pelo mundo até ao final dos anos 70, altura em que é redescoberto. Para surpresa dos especialistas, nas cerca de 20 páginas do conto estão patentes e condensados os grandes temas e questões levantados posteriormente em «... Tempo Perdido».
Cerca de 1/3 dos textos que compõem esta edição são traduzidos pela primeira vez em língua portuguesa.
Léon Blum :
«Novelas mundanas, histórias ternas [...] nas quais a precisão do trato se atenua na graça suave da frase. Proust reuniu todos [...] os encantos [num] tão belo livro.»
Charles Maurras (lors de la parution de “Les plaisirs et les jours”) :
«Sentimo-nos embaraçados por descobrir tantos e tão diversos talentos num tão jovem escritor. E junta-os sem que se contradigam ou contraponham. É uma mistura feliz, brilhante e grácil.»
Albert Camus :
«Proust nunca consentiu que se perdessem para sempre as férias felizes. Assumiu para si a responsabilidade de as recriar no meio escrito e de exibir, contra a morte, que o passado se encontra na base do tempo num presente imperecível, mais verdadeiro e mais rico ainda do que o original.»
Marguerite Yourcenar :
«De entre os grandes escritores do começo do século XX, retenho especialmente Marcel Proust. Nele, amo a grande construção temática, a precisão extraordinária da passagem do tempo e da mudança que subtilmente produz nas personalidades dos homens, e uma sensibilidade diferente de todas as outras. Reli Proust umas sete ou oito vezes.»
Philippe Sollers
«Proust faz parte de mim, da minha circulação, mas demorei anos a conhecê-lo.»
François Mauriac
«O Sol levantou-se nas letras francesas, era Proust.»