Ao lado dos nomes sonantes que são dados como os grandes realizadores (e às vezes os responsáveis por grandes catástrofes) há uma elite de gente, não preocupada em gravar o seu nome na pedra, mas em cumprir o que entendem como a sua missão. D.Miguel de Paiva Couceiro foi um homem assim: fiel ao que entendia certo, ao que a razão e o coração ditavam. Criado fora de Portugal, fez-se homem no seu País. Cedo, como militar, lhe são dadas responsabilidades no Ultramar, até chegar ao Governo do Distrito de Diu. Aí desenvolveu uma acção a todos os títulos notável tendo conseguido estabelecer, graças à sua inteligência e encanto pessoal, relações com o governo indiano e mais particularmente com ministro parente do próprio Mahatama Ghandi. A sua acção não teve continuidade e, como se diz no texto do livro “…É essa oportunidade perdida que mais toca na História do Senhor D. Miguel, que assim sendo é também nossa.”