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Titulo Pranto de Maria Parda
Autor Miguel Fragata (a partir de Gil Vicente)
Colecção
Textos de teatro
Género
Teatro
Proposto por
TNDMII
Editor
José Carlos Alfaro
Formato
13 x 20 cm
N.º Páginas
48
Data
2022
ISBN
978-989-8349-68-2
«Pranto de Maria Parda» parte do texto homónimo de Gil Vicente, escrito no rescaldo do ano devastador de 1521, e é levado à cena em 2021, no rescaldo de um outro ano devastador.
Quis Gil Vicente que Maria Parda simbolizasse o ano mau, que fosse mulher e que não tivesse lugar na cidade. A tradição foi insinuando que da designação «Maria Parda» se extraía a ideia de uma mulher negra, embora Gil Vicente não parecesse indicá-lo. Como se olha para este texto com quinhentos anos à luz das questões do racismo e do feminismo, que ele próprio convoca, e que são hoje prementes? Que caminho fizeram, até hoje, este texto, a cidade e Maria Parda?
Miguel Fragata (Porto, n. 1983), é actor, encenador e dramaturgo.
Completou o bacharelato em Teatro na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo e licenciou-se, também em Teatro, na Escola Superior de Teatro e Cinema. Trabalhou como intérprete em espetáculos de Jorge Andrade, Cristina Carvalhal, Madalena Victorino, Agnès Desfosses (FR), Gabriel Villela (BR), Catarina Requeijo, Jacinto Lucas Pires, Giacomo Scalisi, Rafaela Santos, Vera
Alvelos, Pompeu José, José Rui Martins e José Carretas. Em 2014, fundou com Inês Barahona a Formiga Atómica, companhia de que é diretor artístico e onde desenvolve trabalho como encenador. As suas criações respondem a questões contemporâneas e destinam-se a todos os tipos de público. Os espetáculos são antecedidos por períodos de pesquisa, motivados pela questão e/ou públicos que abordam. De entre as suas obras, destacam-se: A Caminhada dos Elefantes, espetáculo que interpreta a solo, há 10 anos, em quatro idiomas (português, francês, alemão e castelhano); The Wall; A Visita Escocesa; Do Bosque para o Mundo, cuja versão francesa abriu o 72.º Festival d’Avignon; Montanha-Russa; Fake; O Estado do Mundo (Quando Acordas). Os seus espetáculos têm sido apresentados em teatros e festivais por todo o território nacional, e também em Espanha, França, Suíça, Bélgica, Alemanha e Brasil. É autor, a par com Inês Barahona, do livro Ciclone – Diário de Uma Montanha-Russa, editado pela Orfeu Negro, e vencedor do Prémio Autores 2020, da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). A convite de Tiago Rodrigues, na altura diretor artístico do TNDM II, criou Pranto de Maria Parda, a partir de Gil Vicente.
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