«Uma obra-prima que deveria ser incluída entre os grandes clássicos da Literatura.» Thomas Mann (Prémio Nobel de Literatura)
«Uma obra-prima que deveria ser incluída entre os grandes clássicos da Literatura.»
Thomas Mann (Prémio Nobel de Literatura)
«Um inferno sexual, pleno de depravação, crime e da mais profunda melancolia - uma digressão monomaníaca, se preferirem, mas apesar de tudo uma digressão interior de arte no seu sentido mais puro», escreveu Thomas Mann sobre este romance de Hermann Ungar.
Esta é a história de um empregado bancário neurótico e socialmente inapto, cuja grande ambição é a criação de uma vida controlada e sem surpresas, mas que é arrastado por uma cadeia de eventos para o caos total.
Escrito em pleno coração cultural de uma Europa sob influência das doutrinas de Freud, Os Mutilados é um romance que nos fala sobre as nossas inseguranças e põe a nu as relações menos lícitas e raramente abordadas entre o indivíduo e a sociedade. A obra causou escândalo na forma como aborda as temáticas sexuais, mas o livro de Ungar caiu no esquecimento antes da Segunda Guerra Mundial e foi apenas redescoberto nos anos 80, altura a partir da qual passou a integrar o cânone da melhor literatura europeia do século XX.
«Um livro maravilhoso e horrível, cativante e repulsivo, inesquecível embora se ficasse contente por poder esquecê-lo.» Stefan Zweig
Hermann Ungar (1893-1929) foi um escritor judeu da Morávia de expressão alemã.
Particularmente activo no meio literário intelectual de Berlim, Viena e Praga na terceira década do século XX, Ungar foi influenciado pelo Expressionismo e pela psicanálise.
As suas obras testam até aos limites mais negros o tecido social e abordam temáticas chocantes para a época como a sexualidade e a doença psicológica. Admirado por todos os grandes nomes da cultura germanófila, foi comparado a Kafka aquando da sua publicação em França, onde a sua obra foi traduzida perto do final da vida.
Autor de dois romances, vários contos, peças de teatro e ensaios, Ungar foi esquecido durante a Segunda Guerra Mundial, mas as suas obras foram especialmente destacadas entre a lista de livros a destruir pelo regime nazi.
Nos anos 80, após uma nova tradução francesa da sua obra, o escritor foi ressuscitado, tendo sido traduzido em mais de duas dezenas de línguas e vendo novamente o seu nome a figurar no cânone da literatura europeia.
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