Sófocles é o nome maior do teatro clássico grego.
Não é fácil distinguir os factos credíveis das anedotas e lendas que envolvem a vida de Sófocles. Ainda assim, alguns marcos podem ser estabelecidos. Nasceu em 496 a.C. e morreu em 406 a.C., acompanhando, pois, a ascensão, o apogeu e o declínio da cidade de Atenas. A tradição diz que participou no coro que festejou a vitória sobre os Persas, em Salamina (480). Em 443/442, desempenhou a função de hellenotamia (cargo ao qual era atribuída a função de vigilância e de administração dos tributos pagos pelas cidades aliadas) e em 441/440 é eleito estratego, isto é, alto magistrado encarregado dos assuntos do Estado, participando, juntamente com Péricles, na expedição militar contra Samos. Em 413/412, depois do desastre da Sicília, foi eleito membro da probule, assembleia de dez membros, encarregada de rever a constituição. Por dezoito vezes venceu o primeiro prémio nas Grandes Dionísias (em 468 obtém a primeira vitória, derrotando Ésquilo). Das cento e vinte e três tragédias que escreveu, apenas sete chegaram até nós: Ájax, certamente a mais antiga; Antígona (442?); As Traquínias (impossível de datar a primeira representação, mas certamente próxima de Antígona e de Rei Édipo; Rei Édipo (entre 429 e 425); Electra (entre 418 e 410); Filoctetes (409), com a qual ganhou o primeiro prémio; Édipo em Colono (406), representada postumamente em 401.