Rui Catalão (Cacém, 1971) é dramaturgo, encenador e actor.
Inaugurou, em 2010, uma série de solos autobiográficos, em que faz o retrato da vida privada da sua geração, assim como da história mais ou menos escondida, mais ou menos transversal do seu país e do seu tempo. Destacam-se as peças Dentro das palavras, Av. dos Bons Amigos, Canções i comentários, A grande dívida – ciclo de conferências e Trabalho precário. Paralelamente, tem desenvolvido projetos pedagógicos, como Domados ou não e, mais recentemente, a oficina de teatro
Agora, faz tu!, com incidência em métodos de trabalho, construção dramatúrgica e autonomia criativa. Escreveu também Ester para o programa de teatro juvenil Panos, da Culturgest. O seu trabalho ronda a fronteira entre o espaço privado e o espaço público, os temas da memória, da fragilidade, da manipulação e da transparência. Nos últimos 15 anos, trabalhou em peças de João Fiadeiro (estreou-
-se em palco com O que eu sou não fui sozinho, em 2000), Miguel Pereira, Ana Borralho & João Galante e, mais recentemente, com as revelações Sofia Dinger, Urândia Aragão e Elmano Sancho. Escreveu para cinema os guiões de O capacete dourado e Morrer como um homem, participou como ator em A cara que mereces, foi jornalista, crítico musical e de literatura no jornal Público e no Jornal de Sintra. Organizou e editou Anne Teresa De Keersmaeker em Lisboa e escreveu Ingredientes
do mundo perfeito, sobre a obra teatral de Tiago Rodrigues.