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Titulo A Estalagem das Duas Bruxas - Contos Completos, vol. I
Autores Joseph Conrad, Miguel Martins (tradutor)
Género
Conto
Proposto por
Miguel Martins e Hugo Xavier
Editor
Hugo Xavier
Formato
15,5 x 23,5 cm
N.º Páginas Estimado
460
Data Estimada
Abril/Maio de 2026
Notas
Conrad é universalmente reconhecido como um dos grandes escritores de língua inglesa, com um vocabulário refinado e construções frásicas complexas que reflectem, com a simbologia da paisagem marítima, os dilemas morais das suas personagens.
Conrad nasceu na Polónia e sabia falar francês; curiosamente, o contacto com o inglês surgiu apenas na adolescência, quando foi trabalhar para as embarcações que navegavam pelos mares do sul. Apesar desta circunstância tão invulgar, os seus pares reconheceram-no como um dos maiores autores de língua inglesa, e alguns, como foi o caso de William Faulkner e de Scott Fitzgerald, como o maior escritor de todos os tempos.  
A ficção de Conrad centra-se essencialmente em personagens perdidas por lugares diversos: pode ser na natureza ou no mar, no subconsciente ou na própria consciência, na sua dimensão moral ou simplesmente no seio  da sociedade.

Os contos de Conrad são geralmente contos de aventuras, mas têm sempre outros níveis de leitura, nomeadamente o homem perdido em busca de si mesmo ou de um rumo para a sua existência. Devido a essa pluralidade de interpretações, os seus contos podem ser lidos por vários tipos de leitores: aqueles que procuram um grande livro de aventuras, aqueles que pretendem simplesmente deleitar-se com uma prosa magistral ou os que desejam acima de tudo uma literatura que reflicta o homem em busca de si mesmo, da sua autenticidade, por entre as incertezas do mundo e da alma humana.

«O Sr. Conrad, nos livros pelos quais é conhecido, é um escritor que lidera a admiração de todos os que apreciam os aspectos mais requintados da arte narrativa.» T. S. Eliot – The Egoist, 1917

«A obra de Conrad é subtil e rica – é o melhor escritor [...] da melhor prosa em inglês.» F. Scott Fitzgerald – Carta a Edmund Wilson

«Conrad escreveu numa época em que a língua inglesa estava flácida e ele tornou-a novamente musculada.» Virginia Woolf – The Common Reader, 1925

«Aprendi a escrever com Conrad. Não com Melville, não com Henry James, mas com Conrad.» William Faulkner (Nobel da Literatura) – The Paris Review, 1956

«Um dos grandes romancistas modernos. Os seus romances versam sobre coragem moral – e os custos da integridade num mundo de compromisso.» George Orwell – Inside the Whale, 1940

«Conrad tinha génio. Não posso com ele, mas não o posso negar.» D. H. Lawrence – Cartas

«Foi o único homem que alguma vez conheci que conseguia escrever frases perfeitas em inglês.» Ford Madox Ford – Joseph Conrad: A Personal Remembrance, 1924

«Conrad é um escritor que faz ver – isto é, talvez, o mais que se pode dizer.» Ernest Hemingway (Nobel da Literatura) – Death in the Afternoon, 1932

«Ninguém escreveu sobre o mar como Conrad, nem sobre a alma humana atirada ao mar da consciência.» André Gide (Nobel da Literatura), Diários

«A visão do mundo de Conrad continua profundamente influente. Ele percebeu o que o imperialismo fez à alma do Ocidente.» V. S. Naipaul (Nobel da Literatura) – Conrad’s Darkness and Mine, 1974

«Conrad ofereceu-nos uma literatura da escuridão colonial – profética, moral, profundamente psicológica.» Nadine Gordimer (Nobel da Literatura) – Collected in Telling Times

«Um escritor como Conrad não se admira apenas – ele é interpelado, revisitado. O seu território moral é imenso.» J. M. Coetzee (Nobel da Literatura) – Stranger Shores, 2001

«A ambiguidade moral em Conrad está mais perto da tragédia do que qualquer ficção moderna.» Albert Camus (Nobel da Literatura) – Carnets II, 1964

«O mundo de Conrad foi a minha introdução à escuridão – não ao mal, mas à incerteza, à complexidade e ao compromisso.» Graham Greene – Ways of Escape, 1980

«Ler Conrad era como ouvir alguém que tinha ido ao fim do mundo e voltara mais sábio, mas menos certo de tudo.» T. E. Lawrence – Cartas

«Conrad explorou os labirintos da culpa e do desejo com precisão implacável.» Jorge Luis Borges – Prólogos con un prólogo de prólogos, 1975

«Conrad escreve como se as suas personagens caminhassem sempre sobre um fio esticado sobre o abismo.» Italo Calvino – Lezioni americane, 1988

«Em Conrad, a narração é espelho e labirinto, revelação e engano.» Umberto Eco – Sugli specchi e altri saggi, 1985

«A escuridão de Conrad não é ausência de luz, mas densidade de alma.» Mario Vargas Llosa (Nobel da Literatura) – El pez en el agua, 1993

«Conrad soube mostrar o mar como espelho da alma humana.« Stefan Zweig –Die Welt von Gestern, 1942

«Nos seus livros sente-se o peso do invisível.» Rainer Maria Rilke – Briefe

«Em Conrad, o homem é livre perante o absurdo – mas é uma liberdade terrível.» Jean-Paul Sartre (Nobel da Literatura - recusado) – Situations I

«Os contos de Conrad possuem uma gravidade antiga, quase homérica.» Marguerite Yourcenar – Les Yeux Ouverts, 1980
 
Joseph Conrad (1857-1924) é amplamente reconhecido como um dos escritores mais importantes e influentes da literatura ocidental, mas em vida era sobretudo conhecido como autor de livros de aventuras, uma impressão que se alterou apenas depois da sua morte, com o reconhecimento de outras dimensões da sua obra.
Joseph Conrad chamava-se na verdade Józef Teodor Konrad Korzeniowski, a 3 de Dezembro de 1857, em Berdyczów, na então Polónia sob o domínio russo (actualmente Berdychiv, na Ucrânia). Filho de aristocratas intelectuais nacionalistas, perdeu os pais ainda em criança e cresceu sob a tutela de um tio. Aos 16 anos, partiu para Marselha e iniciou uma carreira marítima que o levaria a servir, mais tarde, na marinha mercante britânica. Tornou-se cidadão britânico em 1886, e, embora o inglês fosse a sua terceira língua (depois do polaco e do francês), foi nela que produziu a totalidade da sua obra literária. A sua experiência no mar, sobretudo nas colónias, forneceu o pano de fundo temático e moral para grande parte dos seus escritos.
A obra de Conrad é marcada por uma profunda meditação sobre o imperialismo, a condição humana, a solidão e os abismos morais do indivíduo. Escritor moderno e precursor de técnicas narrativas sofisticadas como a fragmentação e o uso de um narrador pouco fiável, teve grande influência na literatura do século xx. O seu romance Heart of Darkness (1899), uma reflexão sombria sobre o colonialismo europeu no Congo, inspirou inúmeras adaptações e estudos interdisciplinares. A mais célebre transposição cinematográfica foi Apocalypse Now (1979), de Francis Ford Coppola, que deslocou a história para o contexto da Guerra do Vietname. Obras como Lord JimThe Secret Agent ou Nostromo foram também adaptadas para o cinema, a televisão e o teatro, confirmando a vitalidade dramática da sua escrita.
Conrad é autor de alguns dos romances mais importantes da literatura inglesa, entre os quais se destacam Lord Jim (1900), Nostromo (1904), The Secret Agent (1907) e Under Western Eyes (1911). Contudo, os seus textos de ficção curta são igualmente notáveis, compostos por novelas e contos em que sobressaem obras como YouthTyphoonThe Shadow-LineThe Secret Sharer e An Outpost of Progress. Os seus contos exploram frequentemente dilemas éticos em ambientes extremos e são essenciais para compreender a evolução do conto moderno.
Conrad morreu a 3 de Agosto de 1924, em Bishopsbourne, Inglaterra. Ao longo das décadas, a sua reputação não cessou de crescer, sendo hoje considerado um dos grandes nomes da literatura universal. A complexidade psicológica das suas personagens, a sua visão crítica do imperialismo e o experimentalismo formal da sua narrativa fazem dele um precursor da literatura moderna e uma figura fundamental para autores tão diversos como T. S. Eliot, Graham Greene, William Faulkner, Jorge Luis Borges ou V. S. Naipaul.
 
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