Apontado como um dos romances que renovaram a moderna literatura europeia, «Ofuscante» é uma viagem única pelo espaço da memória.
Ofuscante é o primeiro livro de uma trilogia de romances de leitura autónoma. Nele, Mircea Cărtărescu constrói uma narrativa sobre o espaço da memória e o que esta tem de onírico. Uma viagem emocionante que agarra o leitor ao partir para uma série de histórias cruzadas, algumas verídicas, outras imaginadas, outras sonhadas, histórias que vão revelando a forma como se constroem os mecanismos mentais que utilizamos para as contar.
Com base nas teorias da neurociência mais actuais, o Autor demonstra de forma brilhante de que modo o cérebro humano constrói a sua identidade ao entrecruzar a memória, o sonho e o desejo. Ao fazê-lo, Cărtărescu expande este seu romance para a arquitectura de uma evocação nacional e internacional, demonstrando como as identidades se constroem e reinventam da mesma forma, uma forma tão humana, tão única.
«Este livro tem uma qualidade cinemática que nos leva, mais do que a lê-lo, a deixar-nos vogar através dele, como um passeio num parque de diversões. Qual o próximo conceito surpreendente, qual a viagem ou o insecto que se metamorfoseia e surgirá ao virar da esquina para nos maravilhar de seguida? Se procura um romance que pode mudar a forma como pensa, arrisque na leitura de Ofuscante.»
— Ann Beman, The Los Angeles Review
«O seu romance é nada menos do que uma catedral de imaginação e erudição... Esta obra-prima de precisão é a catapulta que projectará, sem dúvida, Mircea Cărtărescu para o panteão da literatura europeia.»
— Neue Zürcher Zeitung
«Ofuscante expande-se para o interior, perscrutando as profundezas infinitas de uma imaginação particular. É como se Cărtărescu tivesse decidido retirar-se de toda e qualquer conversação literária ou cultural, e, mais do que tentar unir os fragmentos da nossa contemporaneidade, voltasse a um tempo que nunca existiu: um tempo imaginário em que todos os géneros literários eram um só, todos os discursos, um discurso uno, antes de tudo se ter partido em bocados.»
— Martin Riker, London Review of Book
«Uma viagem através da infância e da hospitalização, um mundo caleidoscópico de uma Bucareste alucinatória contada por um narrador vital e imensamente empático, um contador de histórias daqueles que, por mais estranha que seja a história, não conseguem deixar de fazer com que o sigamos, boquiabertos.»
— Elizabeth Harris, Three Percent
«Alinhavado ao tecido multicolorido de Ofuscante, o leitor encontra a terna história de um evocativo processo de crescimento em Bucareste e dos seus efeitos formativos... Acima de tudo, o romance insiste na ideia de que a memória pode construir um mundo. Desde o passado – que se alonga para abarcar toda a história humana – Cărtărescu constrói uma narrativa de uma intensidade visionária incomparável. Por favor, o segundo volume para breve!»
— Boyd Tonkin, The Independent
«O leitor é convidado a abraçar este sentimento de uma compreensão deslumbrante, esta visão total que excede a vida e a imaginação.»
— Bogdan Suceavă, Los Angeles Review of Books
«Visionário, surreal, convoluto, ambicioso (quase de mais), o primeiro volume desta obra de Cărtărescu conclui-se com um chamamento espiritual às armas, no qual criatividade e fertilidade são uma e a mesma coisa. A visão banha de beleza este destino, mas também há sinais de poder mal-usado, de violência, de seres a lutar contra todos os obstáculos.»
— The Quarterly Conversatio
«Este romance é um sonho febril, uma viagem barroca e alucinatória através de um labirinto de linguagem deslumbrante e de novos sentidos. É um livro de memórias e uma colecção de cenas fantásticas entretecidas na paisagem de Bucareste – um crepúsculo que se estende através de séculos... um circo do macabro e do malnascido. Não o consegui largar e passei a sua leitura a perder-me, da melhor forma possível!
A linguagem de Cărtărescu é impossível de comparar com qualquer outra, mas é joyceana, no seu alcance, cruzando Ishmael Reed ou Thomas Pynchon com os irmãos Grimm, Kafka e Calvino.
Creio ser impossível descrever mais ao pormenor este livro ou os acontecimentos aí narrados. Fica-se com a sensação de que o enredo se metamorfoseia de página para página como o crescimento de um fungo e se desenvolve como a ninfa de uma borboleta, um tema recorrente da obra. A história é líquida e ardilosa e, ao chegarmos ao fim, damos por nós exaustos e completamente satisfeitos.»
— Allan Bealy
«Cărtărescu entretece fantasia sem limites com uma linguagem poética extremamente precisa.»
— Der Ster
«Com mão bem treinada, Cărtărescu atravessa todas as fronteiras entre o orgânico e o inorgânico, o animal e o humano, narração e reflexão... e deixa à solta um enredo surpreendente de tremendo poder linguístico e intensidade febril, que puxa o leitor como um rio que transpõe as suas margens.»
— Frankfurter Rundschau
«Uma gigantesca proeza literária... Selvagem e sem travão, eis-nos perante um autor ainda em branco, em plena demanda espiritual, para o qual na sua anárquica voracidade não há, actualmente, equivalente em toda a literatura ocidental.»
— Die Zeit
«Com este romance, o Autor erigiu um monumento à literatura universal a partir de Bucareste.»
— Der Standard
«Este romance é uma catedral tanto em imaginação como em conhecimento, um enigma, no qual um quarentão demonstra um potencial literário absolutamente único. Só comparável com o romance de David Mitchell, A Árvore da Vida, que deu origem ao filme de culto de Terrence Malick.»
— La Depeche
«O cosmos do Autor é aquele em que o convencional se precipita no fantástico, no qual umas poucas páginas e eões adiante uma nova via láctea emergirá a partir de um concerto de trompetas num Dacia creme.»
— Frankfurter Rundschau
«O apocalipse de um mundo sóbrio e agora extinto é descrito em linguagem exuberante, através da qual o Autor consegue sempre propor a metáfora certa e a história fragmentada e entrelaçada, por momentos feita de dúzias de narrativas, sem nunca se tornar cansativa. Estamos perante verdadeira literatura, daquela que não aparecia há anos. Um hino!»
— Erich Klein, Falter
«Um escritor cujo lugar se encontra reservado na constelação onde já cintilam os irmãos Grimm, Franz Kafka, Jorge Luis Borges, Bruno Schulz, Julio Cortazar, Gabriel Garcia Marquez, Milan Kundera ou Milorad Pavić, entre outros.»
— Andrei Codrescu
«O formalismo fluido de Cărtărescu traduz tudo para uma literatura imaginativa como não víamos desde que os mestres mencionados no texto produziram (Borges, García Márquez e Cortázar, entre outros).»
— Joshua Cohen, New Haven Review
«O mundo fantasmagórico de Cărtărescu é semelhante às paisagens oníricas de Dali.»
— Kirkus Reviews
«Cărtărescu está a tomar a Europa de assalto, caçando prémios atrás de prémios em França, na Itália, na Alemanha...»
— Christian Moraru, American Review
«Cativante, apaixonado, inesperado. As qualidades que toda a grande literatura deve ter.»
— Thomas McGonigle, Los Angeles Times Book Review
«A viagem mágica e misteriosa de Cărtărescu teve início. As memórias apressam-se a tornar-se fantasias e a paisagem urbana derrete-se numa paisagem de sonho. Segmentos realistas (a história da família do narrador, a ocupação soviética) servem como trampolins para doses maciças de surrealismo, a maior parte das quais de pesadelo (hordas de zombiesou, estátuas que ganham vida). É-nos oferecido folclore cigano, lendas ensanguentadas, pormenores anatómicos em close-up e fantasias eróticas grotescas...»
— Malcolm Forbes, Minneapolis Star Tribune
«É tentador, sempre que se encontra um autor traduzido pela primeira vez, compará-lo com um nome mais familiar... aqueles que se debruçam sobre os pesadelos para capturar os monstros que passeiam palas nossas vidas acordadas. Ainda assim, a abrangência e ambição de Cărtărescu, embrenhando-se na metaficção e além dela, suplanta a maior parte dessas comparações. Para os leitores desta tradução, estamos perante uma dádiva dos deuses da realidade alterada.»
— KGB Bar Lit Magazine
«... como a Praga de Michal Ajvaz ou a Buenos Aires de Borges, na mão de Cărtărescu os quartos, olhares, esquinas, candeeiros, acontecimentos do dia, os políticos, as ruínas, os átrios e as caves de Bucareste transformam-se em portais para o desconhecido, o onírico, o distorcido e outros mundos viscerais. Leitor, tende cuidado, podemos dar de caras com eles a qualquer momento. A prosa de Cărtărescu fala ao leitor com uma honestidade luxuriante e prenhe de vida. Vezes sem conta o Autor apresenta imagens que nós, os leitores, tínhamos a certeza de ter trancado nos corredores do nosso subconsciente, ali, espelhados na busca de Maria e Mircea pelas suas próprias memórias e imagens do passado.»
— Nathaniel Popkin, Cleaver Magazine
«Os seus longos voos de imaginação provam o derradeiro objectivo de Cărtărescu sobre o nascimento. Toda a vida humana é um evangelho, todo o nascimento é uma anunciação.»
— Carla Baricz, Words Without Borders
«Um best-seller desde o primeiro dia depois de ter sido publicado, e em qualquer língua em que tenha sido publicado, este é o primeiro de três romances independentes que cobrem diversas fases da vida do poeta e das asas de uma borboleta, para expressar a melancolia entusiasmante de Cărtărescu, e uma compreensão divina da vida em Bucareste e para lá dela.»
— World Literature Today
«Claramente, o romance do ano.»
— La Vanguardia
«Opus magna da actual literatura europeia, Ofuscante foi o primeiro sinal de uma renovada literatura de ficção para o novo milénio. E, como todas as grandes obras, foi percursora.»
— El Mundo