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Titulo As Mulheres que Celebram as Tesmofórias
Autor Odete (a partir de Aristófanes)
Colecção
Textos de Teatro
Género
Teatro
Proposto por
TNDMII
Editor
Hugo Xavier
Formato
13x20cm
N.º Páginas
68
Data
Junho de 2025
ISBN
978-989-8349-85-9
Mais de dois milénios depois da estreia de «As Mulheres Que Celebram as Tesmofórias», de Aristófanes, esta peça renasce num mundo onde a linguagem e o poder estão em disputa permanente.
O Tesmofórion torna-se agora uma assembleia caótica, onde, da margem, se debate o futuro da retórica política. No centro da controvérsia está a grande questão: queremos integração num sistema falido ou um outro caminho?
Enquanto os discursos inflamam e os antagonismos se acentuam, um grupo em particular (as pessoas trans) vê-se transformado no bode expiatório das falhas do sistema. Acusadas ora de radicalismo desestabilizador, ora de serem peões úteis para manter tudo na mesma, tornam-se o alvo preferido de um jogo político em que a culpa se distribui mas o poder raramente muda de mãos.
Contudo, nesta assembleia nada é linear: esta é uma para-tragédia em que a comédia se torna parasítica de algo que nada tem de risível. Das vozes das personagens, ecoa uma cacofonia de referências familiares, uma espécie de arquivo de memes portugueses em que o riso se confunde com o desespero e a tragédia se disfarça de piada viral. Entre farsas, traições e revelações inesperadas, esta reescrita moderna da comédia de Aristófanes expõe o absurdo de uma sociedade que, perante o colapso, continua à procura de culpados em vez de soluções.
Odete C. Ferreira (1995), mais conhecida como Odete, é uma ativista, artista, performer, produtora e DJ transgénero portuguesa.
Trabalha entre a performance, o texto, as artes visuais e a música. O seu trabalho é obcecado pela escrita historiográfica, utilizando o erotismo e a paranoia como duas formas somáticas de se relacionar com os materiais de arquivo. Escreve através do seu corpo, especulando biografias de personagens históricas através de prazeres epidérmicos: moda, personalidade, presença, fragrância, graça, sensibilidade. Afirma ser uma filha bastarda de Lúcifer, descendente da prática medieval de pactos satânicos para alterar o corpo sexuado de alguém. Tem pesquisado e trabalhado em torno da construção de pontos de ligação entre histórias «efeminadas», desde os castrati barrocos até aos dandies do século xix. A sua pesquisa mais recente centra-se na figura do eunuco, estando previsto o lançamento do seu próximo livro pela editora neerlandesa Outline. O seu trabalho pode ser consultado em odete.pt.
Sem informação.
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