A história de um dos maiores impérios de todos os tempos e da sua influência tremenda no mundo como o conhecemos.
Quando o Império Austro-Húngaro foi dissolvido, em 1918, o título (abreviado) do imperador era o seguinte:
Sua Real e Imperial Majestade Apostólica, pela graça de Deus Imperador da Áustria, Rei da Hungria e da Boémia, da Dalmácia, da Croácia, da Eslovénia, da Galícia e Lodoméria, e da Ilíria; Rei de Jerusalém; Arquiduque da Áustria; Grão-duque da Toscana e de Cracóvia; Duque da Lorena, de Salzburgo, da Estíria, da Caríntia, da Carníola e da Bucovina; Príncipe da Transilvânia, Margrave da Morávia; Duque da Alta e Baixa Silésia, de Módena, Parma, Placência e Guastalla, de Auschwitz e Zator, de Teschen, Friuli, Ragusa e Zara; Príncipe de Habsburgo e do Tirol, de Kyburg, da Gorízia e de Gradisca; Príncipe de Trentino e Brixen; Margrave da Alta e Baixa Lusácia e da Ístria; Conde de Hohenems, Feldkirch, Bregenz, Sonnenberg (etc.); Senhor de Trieste, de Cátaro e de Wendland; Grande Voivoda do Voivodato da Sérvia, etc.
A extensão do título mostra bem a dimensão e a pluralidade do Império. Durante séculos, conseguiu governar um conjunto invulgar de povos e territórios em diferentes estágios de desenvolvimento, com credos diferentes e dezenas de línguas. No entanto, as revoluções de 1848 e as aspirações da população, inflamadas por movimentos nacionalistas (bastante minoritários, a princípio), e as várias guerras (mas a de 14-18 em particular), levaram à desagregação do Império e à criação de vários Estados. Ironia derradeira, na sua maioria, os Estados resultantes desta desagregação acabaram por replicar o modelo imperial: territórios multilingues, por vezes conquistados pela força, com várias minorias étnicas.