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Titulo Cartas Portuguesas de Mariana Alcoforado
Autores Mariana Alcoforado (?), José António Falcão (introd. e trad.)
Género
Cartas
Proposto por
José António Falcão
Editor
Hugo Xavier
Formato
13x20cm
N.º Páginas
304
Data
Outubro de 2023
ISBN
978-989-9130-21-0
Padrinhos
Notas
Excerto
Passados 300 anos da morte da freira portuguesa mais famosa de todos os tempos, uma nova edição anotada das cartas que lhe foram atribuídas e que se tornaram uma das histórias de amor impossível mais famosas da literatura ocidental.
Publicadas originalmente em 1669, estas cinco cartas de uma freira portuguesa destinadas ao seu apaixonado, um oficial francês, tiveram grande impacto na literatura europeia da qual a França era a porta-estandarte.

A investigação histórica que foi feita no decorrer de séculos e até aos nossos dias confirmou, por um lado, que a religiosa teria sido Mariana Alcoforado e, por outro, que o oficial francês seria o marquês de Chamilly, na época em Portugal com o contingente francês para apoiar as forças portuguesas que se opunham ao exército espanhol na luta pela Independência de Portugal. Mais tarde, a continuada investigação considerou mais provável que se tratasse de uma obra de ficção da autoria do editor original, mas inspirada em factos verídicos.

A verdade é que a incerteza se mantém e os factos históricos coincidentes mais contribuem para adensar o mistério. Aquilo de que não se duvida é da influência cultural e literária da obra na literatura europeia. Com efeito, as Cartas foram adaptadas diversas vezes ao teatro e ao cinema e são uma referência na literatura europeia e nas belas-artes..

Esta edição que agora se publica, no tricentenário da morte de Mariana Alcoforado, é acompanhada por um Estudo Histórico que recapitula precisamente todo este percurso de investigação e o impacto cultural da obra ao longo dos tempos.
Mariana Alcoforado (1640-1723) foi uma religiosa portuguesa a quem foi atribuída a autoria de umas famosas Cartas que circularam por toda a Europa.
Mariana Alcoforado nasceu em Beja, em 1640, no seio de uma importante família oriunda da 
cidade. 

Por decisão dos pais, foi destinada, desde muito jovem, à vida religiosa. Ingressou 
como educanda, ainda antes de completar 11 anos, no convento de Nossa Senhora da 
Conceição, a mais importante instituição religiosa de Beja, onde professou e tomou 
votos aos 16 anos. Durante a sua longa vida conventual, exerceu, entre outros cargos, os 
de porteira, escrivã e vigária. Morreu em 1723. 

O nome de Madre D. Mariana Alcoforado, apenas lembrado nos papéis do arquivo 
conventual, ficaria sepultado, à imagem do que aconteceu a tantas outras freiras, se não 
fosse o caso de um erudito francês, Jean-François Boissonade, ter revelado, em 1810, um 
dado sensacional: foi ela a autora das famosas Lettres Portugaises, cinco cartas de amor 
dirigidas por uma certa Mariana, religiosa num convento de Portugal, a Noël Bouton, 
mais tarde marquês de Chamilly, militar da força expedicionária francesa que combateu 
nas fileiras lusas durante a fase final da Guerra da Restauração, entre 1664 e 1667. 
Desde a sua publicação em 1669, sob a chancela do editor parisiense Claude Barbin, 
até hoje, esta obra retrata uma paixão dramática  que faz parte do património literário 
universal. Constituem também um clássico da literatura francesa do tempo de Luís XIV, 
cuja escrita, plausivelmente inspirada pela história real – e pelas cartas do punho da 
própria Mariana Alcoforado –, é atribuída a um notável autor desse período, Gabriel 
Joseph de Lavergne, conde de Guilleragues (1628-1685). 
_________________________
 
José António Falcão (Lisboa, 1961) é historiador, museólogo e gestor cultural. 
Especialista de renome no âmbito da arte cristã, tem consagrado grande parte da sua 
actividade ao estudo dos bens culturais do Alentejo, o que lhe granjeou importantes 
prémios nacionais e europeus na área do Património Cultural. Dirigiu entre 1984 e 2017 
o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. A profissão 
museológica levou-o a exercer funções, entre outros, no Museu de Évora, na Casa dos 
Patudos – Museu de Alpiarça (da qual foi conservador e director em etapas cruciais da 
história desta instituição), no Museu Calouste Gulbenkian e no Museu Maynense, da 
Academia das Ciências de Lisboa. Foi também presidente do Opart, a maior empresa 
pública no âmbito da Cultura. Leccionou História de Arte em universidades de Portugal, 
Espanha, Brasil e Estados Unidos da América. Pertence à Academia Nacional de Belas-
Artes e à Academia Portuguesa de História, bem como a instituições similares de vários países. 
Da sua vasta bibliografia fazem parte obras de referência para o conhecimento da 
identidade portuguesa, como Entre o Céu e a Terra, As Formas do Espírito, No 
Caminho sob as Estrelas ou Face a Face: Representações do Sagrado na Arte 
Europeia. 
 
 
Sem informação.
Impresso em papel snowbright com certificado ambiental.

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