Serguei Eisenstein (1898-1948) é, provavelmente, o realizador russo mais importante e influente de sempre.
Eisenstein nasceu em Riga (Letónia), então parte do Império Russo. Filho de um reconhecido arquitecto, seguiu as pisadas do pai estudando arquitectura e engenharia, mas a revolução bolchevique levou-o a largar os estudos e a separar-se da família, que apoiava a facção oposta.
Eisenstein encarrega-se da propaganda do novo regime chegando, por essa via, ao teatro. Trabalha como designer enquanto dirige as peças de teatro, e, em 1923, realiza o seu primeiro filme adaptando a sua peça mais recente. Nesse mesmo ano, escreve os primeiros textos teóricos onde aborda a questão da montagem, da qual será pioneiro no cinema.
O êxito internacional das suas duas primeiras longas-metragens (A Greve e O Couraçado Potemkin, ambos de 1925) permitiram-lhe o espaço de manobra para realizar Outubro, filme polémico que criou mal-estar em diversos quadrantes do regime soviético. Por conseguinte, passa alguns anos a leccionar e a proferir palestras em vários países. As suas aventuras cinematográficas e intelectuais levam-no a viajar um pouco por todo o mundo ocidental. Regressa apenas nos anos 30 e realiza filmes que ultrapassam fronteiras em termos de êxito.
Eisenstein escreveu ensaios sobre teatro, representação, cinema, arte, teoria do cinema, bem como memórias. Artista completo, foi também um pensador profundo da sua arte e do seu tempo, das linguagens artísticas e do seu tratamento da história, bem como da sua utilização como meio de propaganda.
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José Fonseca e Costa (1933-2015) foi um dos realizadores portugueses mais importantes do século XX. Fundador do chamado «cinema novo» português, começou a realizar em 1964, trabalhando em mais de 20 filmes quase até à sua morte. Fonseca e Costa traduziu também textos sobre cinema e várias obras literárias.