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Titulo Escritos políticos e psiquiátricos
Autores Frantz Fanon, Manuela Ribeiro Sanches (Introd., trad. e notas)
Colecção
Ensaio
Género
Ensaio
Proposto por
Manuela Ribeiro Sanches e Suzana Ramos
Editor
Suzana Ramos
Formato
14x21cm
N.º Páginas
560
Data
Outubro de 2021
ISBN
978-989-8973-37-5
Notas
Frantz Fanon influenciou gerações de anticolonialistas, activistas dos direitos civis e académicos dos estudos coloniais.
 
As suas obras, que deram origem aos chamados «estudos fanonianos», foram inspiradas em décadas de movimentos de libertação anticoloniais e analisam as consequências psicológicas da colonização – tanto do ponto de vista do colonizador como do colonizado –, bem como os processos de descolonização, considerando os seus aspectos sociológicos, filosóficos e psiquiátricos.

Muitos dos textos de Fanon permaneceram até há pouco tempo inéditos e inacessíveis. Este livro reúne agora os escritos políticos e os escritos psiquiátricos, ambos absolutamente interligados, dando a conhecer artigos científicos, textos originais e escritos dispersos que versam sobretudo, nas palavras do seu editor francês, François Maspero, sobre a «alienação colonialista vista através da doença mental».
 
Frantz Fanon (1925-1961), psiquiatra e filósofo, é um nome incontornável dos estudos pós-coloniais e da luta anti-racista.
Nasceu numa família numerosa da pequena burguesia das Antilhas francesas, na ilha de Martinica. Descendente de africanos escravizados transportados à força para essa zona – que, em tempos, assegurara a riqueza e o equilíbrio da balança de pagamentos de França – foi o quinto filho de um funcionário das alfândegas e teve, ainda assim, uma infância despreocupada, com acesso a uma educação esmerada. Na juventude, porém, viveu experiências traumáticas quando, em 1943, deixou Martinica e se juntar às tropas da França Livre na Segunda Guerra Mundial.

Nessa época, Fanon descobriu que a igualdade proclamada pela República Francesa é uma ilusão, e rapidamente se apercebe de que não é visto como um igual, facto que contribuiu para ir estudar medicina na metrópole, destino dos mais ambiciosos ou dotados, como já acontecera com o seu mentor e amigo Aimé Césaire – professor de Fanon nos tempos de liceu –, beneficiando do facto de ser um antigo combatente.

A par do seu trabalho como médico e psiquiatra, Fanon apoiou a Guerra de Independência da Argélia em relação à França e foi membro da Frente de Libertação Nacional da Argélia. Deixou uma obra que influenciou grandemente os estudos pós-coloniais e a luta anti-racista, abordando as consequências humanas, sociais e culturais da descolonização. Grande intelectual do seu tempo e humanista marxista, elaborou com Jean-Paul Sartre críticas radicais sobre as estratégias de violência e desumanização que atingiram os colonizados.

Morreu prematuramente, em 1961, aos 36 anos, vítima de leucemia.
Sem informação.
Impresso em papel snowbright com certificado ambiental.

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