Honoré de Balzac (1799-1850) é não só um dos nomes das letras francesas mais importantes mas também da literatura universal do século XIX.
Honoré de Balzac (1799-1850) é um dos nomes mais importantes das letras francesas e da literatura universal do século XIX. Nascido no seio de uma família burguesa com aspirações sociais, Balzac teve uma relação distante e fria com os pais, que não o acompanharam nos seus anos de formação, tendo enviado o filho, e mais tarde a sua irmã, para serem educados por uma ama de leite.
Posteriormente, e já na escola, o pouco dinheiro que o pai lhe enviava procurando instigar o espírito engenhoso do jovem levaram-no a ser um constante alvo de chacota dos colegas. Inadaptado e revoltado, Balzac era castigado sucessivamente, aproveitando o isolamento do castigo para ler todos os livros a que deitava a mão.
Depois de concluir os estudos na Sorbonne em Filosofia Clássica, estagiou Direito num escritório de advogados por recomendação do pai, mas desistiu ao fim de três anos, anunciando à família a intenção de se tornar escritor.
Vivendo quase sempre acima das suas possibilidades, Balzac tentou envolver-se em vários negócios com o dinheiro que fazia da escrita mas algum azar, a intervenção da própria família ou até de rivais malogrou a maior parte desses esforços.
Balzac escrevia compulsivamente desde a uma da manhã até às oito ou mais, dormindo muito pouco. Revia os seus próprios textos em provas de forma minuciosa e febril fazendo imensas emendas, para desespero dos seus editores. O ritmo de trabalho exagerado, os maus hábitos, uma vida amorosa conturbada e as incertezas financeiras mantiveram a saúde do autor sempre periclitante. No entanto, os seus livros tinham cada vez mais êxito e eram apreciados pelos leitores e por alguns dos grandes escritores franceses como Gautier ou Hugo. Balzac foi também uma das maiores influências na escrita de Charles Dickens, bem como na obra de Gustave Flaubert, que, contudo, detestava o seu estilo; Proust, pelo contrário, idolatrava-o, tento lido e analisado toda a sua obra. Deixou milhares de páginas escritas entre contos, novelas, romances, peças de teatro, panfletos e cartas.