Willa Cather (1873–1947) foi uma escritora norte-americana de grande renome, conhecida sobretudo pelos seus romances que retratam a vida nas planícies do Midwest dos Estados Unidos, destacando a experiência dos pioneiros e imigrantes europeus.
Nascida a 7 de Dezembro de 1873, em Gore, no Estado da Virgínia (actual Virgínia Ocidental), Cather mudou-se com a família, ainda em criança, para o Nebraska, uma região que marcaria profundamente a sua sensibilidade literária. Cresceu em Red Cloud, uma pequena cidade que serviria de modelo para as paisagens e comunidades que figuram na sua obra.
Estudou na Universidade do Nebraska, em Lincoln, onde se formou em 1895. Iniciou a sua carreira como jornalista e crítica, tendo trabalhado em Pittsburgh e, mais tarde, em Nova Iorque, onde exerceu funções editoriais na revista McClure’s. A partir de 1912, passou a dedicar-se exclusivamente à escrita de ficção.
Os seus romances mais célebres pertencem à chamada “trilogia da pradaria”: O Pioneiros! (1913), A Canção da Cotovia (1915) e A Minha Ántonia (1918), obras em que aborda com profundidade o espírito dos colonos, o papel das mulheres e a tensão entre tradição e progresso. O seu estilo é marcado por uma prosa clara e contida, aliada a um olhar lírico e introspectivo sobre a paisagem e os afectos humanos.
Em 1923, foi galardoada com o Prémio Pulitzer pelo romance One of Ours (1922), que versa sobre a Primeira Guerra Mundial. Ao longo da sua carreira, publicou também contos, ensaios e outros romances notáveis, como Death Comes for the Archbishop (1927), que reflecte o seu interesse por temas históricos e religiosos do sudoeste americano.
Willa Cather faleceu a 24 de Abril de 1947, em Nova Iorque. O seu legado literário permanece como um dos mais importantes da literatura norte-americana do início do século XX, sendo hoje reconhecida como uma voz singular na representação da vida fronteiriça e da experiência feminina.