Recentemente Robert McCrum foi convidado pelo jornal The Guardian para elaborar a sua lista dos 100 melhores romances escritos em língua inglesa. Numa literatura tão rica e cujo universo geopolítico é tão abrangente como o da língua ingles, a lista gerou polémicas e grande discussão.
E nós por cá?
Quero deixar o desafio:
Quais são os 100 romances da literatura de língua portuguesa na vossa opinião?
A página do Facebook da E-primatur está aberta à colaboração de todos, seja para listas inteiras, seja para sugestões individuais. Ah e nada de batotas: são mesmo romances, nada de novelas ou contos. Esses ficam para outra lista.
PARA VOTAR: https://epoll.me/vote/ACjN2kOfW1g/quais-os-100-melhores-romances-nao-sao-contos-novelas-ou-outros-escritos-em-lingua-portuguesa-acrescentem-opcoes-e-ou-votem?fb_ref=Default
Recomendo que cada um faça a sua lista dos romances que ache representativos da língua portuguesa. Não sei se vão chegar aos 100, eu cheguei aos 85 com dificuldade.
Depois vão ao sítio acima indicado e votem. Podem também acrescentar títulos que lá não se encontrem.
Visitem regularmente a votação para verem os resultados pois alguém pode ter acrescentado um romance do qual se tenham esquecido.
A minha lista (que, como todas as listas pessoais, está sujeita ao que li e ao que gosto):
- - Húmus, de Raul Brandão
- - A Noite e o Riso, de Nuno Bragança
- - Carlota Ângela, de Camilo Castelo Branco
- - A Queda dum Anjo, de Camilo Castelo Branco
- - Zero, de Ignácio de Loyola Brandão
- - A Hora da Estrela, de Clarice Lispector
- - Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio
- - O Conde de Abranhos, de Eça de Queirós
- - As Personagens, de Ana Teresa Pereira
- - O Movimento Pendular, de Alberto Mussa
- - Todos os nomes, de José Saramago
- - Macunaíma, de Mário de Andrade
- - Não Verás País Nenhum, de Ignácio de Loyola Brandão
- - O Paraíso é Bem Bacana, de André Sant'Anna
- - As Naus, de António Lobo Antunes
- - Adoecer, de Hélia Correia
- - Se Eu Fechar Os Olhos Agora, de Edney Silvestre
- - Aparição, de Virgílio Ferreira
- - O Amor é Fodido, de Miguel Esteves Cardoso
- - Capitães de Areia, de Jorge Amado
- - Eurico, o Presbítero, de Alexandre Herculano
- - O Eleito do Sol, de Arménio Vieira
- - A Casa dos Budas Ditosos, de João Ubaldo Ribeiro
- - O Memorial do Convento, de José Saramago
- - Sou Toda Sua Meu Guapo Cavaleiro, de Alexandre Pinheiro Torres
- - O Que Diz Molero, de Diniz Machado
- - Opisanie Świata, de Veronica Stigger
- - Sinais de Fogo, de Jorge de Sena
- - O Dia Cinzento, de Mário Dionísio
- - Memórias Laurentinas, de Agustina Bessa-Luís
- - A Sibila, de Agustina Bessa-Luís
- - A Sucessora, de Carolina Nabuco
- - Davam Grandes Passeios aos Domingos..., de José Régio
- - Bolor, de Augusto Abelaira
- - Nove Noites, de Bernardo Carvalho
- - O Bosque Harmonioso, de Augusto Abelaira
- - Aventuras de João Sem Medo, de José Gomes Ferreira
- - Voltar Atrás Para Quê?, de Irene Lisboa
- - Nova Sapho, de Visconde de Villa-Moura
- - Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires
- - Heliogabalus, de Luís Alves da Costa
- - A Chave de Casa, de Tatiana Salem Levy
- - O Barão de Lavos, de Abel Botelho
- - Cómicos, de Antero de Figueiredo
- - Memorial de Maria Moura, de Rachel de Queiroz
- - Novas do Achamento do Inferno, de Fernando José Rodrigues
- - Jogo da Cabra-Cega, de José Régio
- - A Casa Velha, de José Régio
- - Manual da Paixão Solitária, de Moacyr Scliar
- - Natureza Morta, de Paulo José Miranda
- - Uma Abelha na Chuva, de Carlos de Oliveira
- - Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis
- - Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto
- - A Polaquinha, de Dalton Trevisan
- - Os Espiões, de Luiz Fernando Veríssimo
- - Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro
- - As Meninas, de Lygia Fagundes Telles
- - O Mez da Grippe, de Valencio Xavier (não sei se conta como romance)
- - A Chuva Imóvel, de Campos de Carvalho
- - A Viúva Simões, de Júlia Lopes de Almeida
- - Os Armários Vazios, de Maria Judite de Carvalho
- - Crónica de uma Casa Assassinada, de Lúcio Cardoso
- - Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida
- - Sargento Getúlio, de João Ubaldo Ribeiro
- - Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios, de Marçal Aquino
- - O Drible, de Sérgio Rodrigues
- - A Casa Grande de Romarigães, de Aquilino Ribeiro
- - O Ateneu, de Raul Pompéia
- - O Dia em que Matei Meu Pai, de Mário Sabino
- - O Coronel e o Lobisomem, de José Cândido de Carvalho
- - Breviário das Más Inclinações, de José Riço Direitinho
- - Os ratos, de Dyonélio Machado
- - Senhora, de José de Alencar
- - A Paixão Segundo G. H., de Clarice Lispector
- - Mário, de Silva Gaio
- - Janika, O Livro da Noite e do Dia, de Vitório Kali
- - O Prato de Arroz Doce, de Teixeira de Vasconcelos
- - Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Jorge Amado
- - O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo, de Germano de Almeida
- - Mazagran, de J. Rentes de Carvalho
- - Madrugada na Tua Alma, de Gabriel Magalhães
- - Deixem passar o homem invisível, de Rui Cardoso Martins
- - Jerusalém, de Gonçalo M. Tavares
- - Materna Doçura, de Possidónio Cachapa
- - Angústia Para o Jantar, de Luís Sttau Monteiro [lembrado pelo Nuno Fonseca]
- - Elói: ou Romance numa cabeça, de João Gaspar Simões
O "Húmus" é o único que tem lugar cativo no topo da lista, a restante ordem deve-se à ordem pela qual os fui tirando das prateleiras.
Quais são os vossos?