De regresso à edição, as leituras ficaram mais condicionadas a livros "em estrangeiro". A lista que se segue, na tradição do que faço desde há uns anos, incluí obras que já tinha lido no original e que agora estão publicadas em português, algumas reedições e muito poucos "divertimentos". Como, de costume, também, abstenho-me de falar do que li publicado fora do país, por motivos profissionais.
Última nota para reiterar que não há qualquer tipo de ordem nas escolhas que se seguem em termos de prioridade.
- Oblomov, de Ivan Goncharov - Tinta-da-China (eu queria fazer este há anos, em 2013 falei com a Nina Guerra durante um colóquio sobre tradução de línguas eslavas, parabéns TdC, roo-me de inveja - li em inglês, não conheço a tradução)
- Retrato do Artista quando Jovem Cão e Outras Histórias - Ficção Completa, de Dylan Thomas - Livros do Brasil (li no original, não conheço a tradução)
- O meteorologista, de Olivier Rolin - Sextante
- Freya das sete ilhas, de Joseph Conrad - Sistema Solar
- Obras Escolhidas, vol. 1, de Hélia Correia - Relógio d'Água
- Editor Contra: Fernando Ribeiro de Mello e a Afrodite, de Pedro Piedade Marques - Montag (uma pedrada no charco)
- Em Movimento: Uma Vida, de Oliver Sacks - Relógio d'Água (só espero que o Oliver tenha uma arca como a do Pessoa)
- Música para Água Ardente, de Charles Bukowski - Antígona li no original, não conheço a tradução)
- Luz nos livros, de António Campos Leal - Tinta-da-China
- Lila, de Marilynne Robinson - Presença (li no original, não conheço a tradução)
- O Que Vemos Quando Lemos, de Peter Mendelsund - Elsinore (li no original, não conheço a tradução)
- Uma Conspiração de Estúpidos, de John Kennedy Toole - Relógio d'Água (li no original, não conheço a tradução)
- O Jantar, de Herman Koch - Alfaguara (li em espanhol, não conheço a tradução)
- Mapa Desenhado Por Um Espião, de Guillermo Cabrera Infante - Quetzal finalmente Cabrera Infante de volta!)
- A de açor, de Helen MacDonald - Lua de Papel (li no original, não conheço a tradução)
- A Vida Amorosa de Nathaniel P., de Adelle Waldman - Teorema (li no original, não conheço a tradução)
- Se isto é uma mulher, de Sarah Helm - Presença (li no original, não conheço a tradução)
- Pippi Sobe a Bordo, de Astrid Lindgren - Relógio d'Água )li em inglês, não conheço a tradução, espero que seja do original)
- Eu confesso, de Jaume Cabré - Tinta-da-China
- Obra escrita 2, de João César Monteiro - Letra Livre
- O Sol dos Mortos, de Ivan Chmeliov - Relógio d'Água
- O Outro Lado do Paraíso, de Paul Theroux - Quetzal (li no original, não conheço a tradução)
- Tudo o que Conta, de James Salter - Livros do Brasil (li no original, não conheço a tradução)
- Telex de Cuba, de Rachel Kushner - Relógio d'Água (li no original, não conheço a tradução)
- Esse Cabelo, de Djaimilia Pereira de Almeida - Teorema
- Por fim, de Edward St Aubyn - Sextante (li no original, não conheço a tradução, o melhor livro da saga é "Leite materno" que apareceu no volume de 2014 "Alguma esperança e Leite materno")
- O Cheirinho do Amor, de Reinaldo Moraes - Quetzal
- Contos e novelas I, de Saul Bellow - Relógio d'Água (li no original, não conheço a tradução)
- Esta Distante Proximidade, de Rebecca Solnit - Quetzal (li no original, não conheço a tradução)
- Uma história da curiosidade, de Alberto Manguel - Tinta-da-China
- Da natureza das coisas, de Lucrécio - Relógio d'Água (finalmente em português, não conheço a tradução)
- Histórias das Terras e dos Lugares Lendários, de Umberto Eco - Gradiva (para rivalizar com o vizinho Manguel, de há uns anos para cá que Eco prometia este livro: as suas obras de ficção estão a tornar-se cada vez mais - não li a última - repositórios de fogo-de-artifício cultural "olhem como sou culto e sei tantas coisas que vós desconheceis", ao menos agora fá-lo-á com propriedade)
Queria apenas concluir afirmando que 2015 viu uma panóplia de excelentes edições no mercado vindas de diversos quadrantes. Infelizmente, e em muitos casos, catálogos desarrumados, falta de identidade editorial, má comunicação, têm contribuído para que muitos autores e obras passem despercebidos. Publicaram-se bastantes escritores portugueses, talvez percentualmente mais do que nos últimos anos.
Votos de um 2016 ainda melhor