Uma novela de culto sobre como a juventude pode absorver o mundo sem filtros.
Max Blecher foi um meteorito na cena literária internacional. Depois de uma vida que o manteve preso a uma cama e praticamente imobilizado, faleceu com 28 anos.
O clássico de culto que se traduz a partir do original romeno e pela primeira vez se publica em Portugal é uma novela de juventudo na qual um narrador absorve o mundo sem o filtro das convenções sociais. De uma forma bruta e por vezes visceral, o jovem narrador parece desprovido de uma camada protectora (como o autor, sujeito pela doença ao impacto que qualquer experiência) e recebe o mundo como experiência pura ao mesmo tempo que essa experiência dá origem a sonhos do que poderá ser a sua vida futura.
Uma obra única que se tornou um clássico de culto traduzido em dezenas de línguas e aprecidado por alguns dos maiores escritores do século XX.
Este livro recebeu em 2013 o prémio francês Nocturna que tem por finalidade destacar obras literárias de todos os quadrantes que tenham caído no esquecimento e mereçam a ribalta literária.
«Blecher é frequentemente comparado a Kafka (e não sem razão), mas a ligação mais forte, contudo, é com Salvador Dalí. Como os 'relógios suaves' de Dalí, tudo nesta obra está prestes a derreter. É como se o mundo de Blecher estivesse sempre à beira de um colapso ontológico; por trás do véu das coisas, o nada encara-o.» - The Times Litterary Suppement
«Um escritor extraordinário, da 'família' de Kafka ou Bruno Schulz. Uma vida curta, oprimida por doenças; uma pequena - mas óptima - obra mágica. Alucinatória, intensa e profundamente autêntica, a sua força literária é alimentada, paradoxal mas não exclusivamente, por uma aguda sensibilidade e ardor.» - Norman Manea
«Trabalho suavemente líquido, a poesia da própria matéria fervente.» - Dustin Illingworth,
«Este é, em todo caso, um livro que merece novos leitores.» - The Nation
«Quando lemos este livro mal podemos acreditar. O Autor desta obra-prima era um jovem de vinte cinco anos de idade já muito enfraquecido pela doença. A obra de Blecher não se limita a descrever: arranca as coisas pela raíz e levanta-as à luz do sol para melhor se examinarem». - Herta Müller