Heinrich von Kleist (1777-1811) é um dos escritores alemães mais importantes da viragem para o século XIX.
Poeta, dramaturgo, romancista, contista e jornalista, Kleist é reconhecido como um dos nomes maiores da literatura universal.
Nascido em Frankfurt (então reino da Prússia), depois de uma escassa educação alistou-se no Exército, onde serviu e combateu na campanha do Reno (1796). Passou para a vida civil em 1799, com a patente de Tenente.
Estudou Direito e Filosofia na universidade e menos de um ano depois conseguia um cargo subalterno no Ministério das Finanças em Berlim.
O seu espírito inquieto levou-o a viajar por Paris, Praga, Dresden (onde publicou um jornal); terá convivido com Goethe e Schiller, além de outros autores, muitos dos quais no exílio. Em 1803, mostrou a alguns deles o seu primeiro drama. Pouco tempo depois foi preso pelos Franceses como espião (que talvez tenha sido)...
De regresso a Berlim no final de 1809, conhece a doente terminal Henriette Vogel, cujos talentos intelectuais e musicais o cativam, e aceita um pacto que o leva ao suicídio em 1811.
No meio desta vida curta, a sua produção literária e intelectual – que vai da retórica ao ensaio sobre filosofia estética – marcou escritores e pensadores contemporâneos e futuros. Kafka era um admirador dos contos de Kleist.
Muitas das suas obras foram publicadas postumamente. A sua influência estendeu-se até hoje ao campo da filosofia estética, mas também à literatura, sendo considerado um dos vultos maiores da literatura europeia, com adaptações teatrais, televisivas e cinematográficas das suas obras.