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Titulo Ainda ontem
Autores Samuel Joseph Agnon, Lúcia Liba Mucznik (tradutora)
Género
Romance
Proposto por
Lúcia Mucznik e Hugo Xavier
Editor
Hugo Xavier
Formato
15,5x23,5cm
N.º Páginas
660
Data
Outubro de 2022
ISBN
978-989-8872-99-9
Notas
Excerto
A obra-prima do Prémio Nobel israelita traduzida pela primeira vez em Portugal.
No começo do século xx, judeus de toda a Europa, pressionados pelas convulsões políticas e pela Primeira Guerra Mundial, arriscam tudo e seguem o movimento sionista que os impele para o regresso a Israel.

Publicado originalmente em 1945, este romance épico segue o percurso do jovem Isaac Kumer, desde a pobreza que vive na Galícia-polaca (então Império Austro-húngaro) até chegar à Palestina, uma saga sobre o difícil confronto entre o sonho e a realidade.

Agnon utiliza um estilo único, que recria a linguagem das histórias da Bíblia, conferindo assim à narrativa uma carga quase mitológica que prende o leitor ao desenrolar dos acontecimentos.

Com uma ironia suave e uma profunda reflexão sobre a existência humana, Isaac tenta repetidas vezes, e através das mais diversas formas, alterar o rumo da sua vida, mas dá por si sempre na posição contrária àquela que pretende.

A tradução, do hebraico, é de Lúcia Liba Mucznik.

«O desejo de uma religião antiga, com aspirações políticas modernas e sonhos pessoais de liberdade cruzam-se neste romance... Ao contrário de muitos pioneiros que largaram tudo para construir uma vida nova em Israel, Agnon tentou levar toda uma vida a fazê-lo. Por isso, a sua escrita está cheia de referências e é imensamente alusiva. E este é um dos triunfos da prosa de Agnon... O Autor é assombrado por uma mistura de vergonha e de orgulho por ser um intelectual numa terra de agricultores, um escritor numa nova cultura fundada sobre um sonho de labor físico. Estes e outros paradoxos fizeram de Agnon um dos grandes escritores modernos.» – Jonathan Rosen, New York Times Book Review

«Um triunfo gigantesco. A par da Dublin, de Joyce, ou da Berlim, de Döblin, Agnon oferece-nos a história de duas cidades: a Jaffa secular, um centro cultural e comercial, e a sagrada Jerusalém, massacrada pela poeira, pela pobreza e pela seca, lar da mais simples das fés e do mais fanático dos extremismos.» – Morris Dickstein, Times Literary Supplement

«Agnon criou a linguagem da moderna literatura hebraica... O seu romance tem uma qualidade folclórica análoga às atrevidas simplificações de Chagall, desvelando os resíduos arcaicos que assombram o superficial desencanto com a modernidade.» – Publishers Weekly

«Os críticos adoram interpretar e descodificar Agnon, cujo universo literário e mitológico se tem revelado alimento para inúmeras teses, ensaios, artigos e livros. [...] Surge agora a tradução da sua obra-prima, um romance imenso, vasto, com um duplo enredo, cripticamente simbólico...» – Susan Miron, The Philadelphia Inquirer

«Uma visão dilacerante de Deus e do homem, do Sionismo e da histórica judaica, do desejo e da culpa, da linguagem e do significado. Um romance que merece ser comparado a O Processo, de Kafka.» – Robert Alter, Los Angeles Times Book Review
 
«Esta é uma das obras centrais da moderna cultura judaica, fascinante e cativante.» – Alan Mintz, The Forward
 
«Há lampejos de observação humana aguçados como uma faca... mas também há deleite, tristeza, asco, sobranceria, piedade, crueldade e toda uma panóplia de outras mais emoções e estados de espírito tão opostas quanto confluentes. Este é claramente uma obra apaixonada.» – Dan Jacobson, The New York Review of Books

«Um romance que parece um saco de gatos: imenso, cheio de clarividência e poesia, com propensão para um certo surealismo, para não dizermos, para a mitologia, minucioso e até precioso no seu estilo, discursivo, e todo ele relatado com tal mestria e inteligência que abre, para os que nele a procurem, um universo de interpretações, e, para os que buscam uma narrativa mais linear, também lá a possam encontrar.» – David Pryce-Jones, The Spectator

«Uma obra prima do picaresco pelo prémio Nobel que é, muito provavelmente, o maior narrador da língua hebraica. Um dos melhores romances do século XX.» – Kirkus Reviews

«O épico brilhante sobre a busca da Terra Prometida empreendida por um homem simples. A obra é tão rica e significante, tão real e ao mesmo tempo estranha, que, apesar de figurar no cânone das grandes obras do século XX, não surpreende que ninguém tivesse ainda aceite o tremendo desafio de a traduzir.» – Tova Reich, Washington Post Bookworld

«O romance é povoado por personagens cativantes e pleno de episódios espantosos. O seu estilo é único e irresistível.» – Gerald Kaufman, Sunday Telegraph

«Ainda Ontem foi publicado originalmente em 1945 mas continua a ser tão pertinente hoje como nessa altura.» – Alexander Zvielli, The Jerusalem Post
Samuel Joseph Agnon (1888-1970) foi um romancista e contista israelita. É considerado um dos fundadores da moderna literatura hebraica; recebeu o Prémio Nobel da Literatura.
Nascido na Galícia polaca, então pertencente ao Império Austro-húngaro, Agnon não frequentou a escola, tendo sido ensinado pelos pais (oriundos de diferentes correntes religiosas dentro do judaísmo). Aos 15 anos publicou o seu primeiro poema, ao qual se seguiram muitos outros, escrevendo também contos que vêem a luz do dia em jornais e revistas da Galícia. 

Em 1908 muda-se para Jaffa, então parte do império Otomano, tal como muitos judeus mobilizados pelo espírito sionista. Aí, continua a publicar na imprensa.

Muda-se para a Alemanha em 1913, onde se casa e prossegue a sua carreira de escritor conseguindo, pela primeira vez, viver do seu trabalho literário. Escreve em hebraico e em iídiche. Em 1924, após um incêndio que destrói a sua biblioteca com manuscritos inéditos e livros raros que coleccionou ao longo do tempo, regressa à Palestina. Instala-se com a sua família em Jerusalém. Durante os motins antijudaicos de 1929 a sua biblioteca é novamente destruída. Este episódio reflecte-se nas várias obras.

Em 1931, os seus livros começam a receber prémios e distinções nacionais e internacionais. Recebe por duas vezes o prémio Bialik e, também por duas vezes, o prémio Israel. Em 1966, ganha o Prémio Nobel da Literatura.

A sua fama atingiu proporções tais, que, depois de se ter queixado do barulho na rua que o impedia de se concentrar, as autoridades fecharam a rua ao trânsito e puseram um sinal respeitado por toda a população: «Proibida a circulação de veículos, escritor a trabalhar.»

Faleceu em Jerusalém, em 1970. Muitas das obras que deixou foram postumamente publicadas pela sua filha.
Sem informação.
Impresso em papel snowbright com certificado ambiental.

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